Falar sobre Monteiro Lobato na contemporaneidade exige tantos pontos de
interrogação, quanto as memórias da Emília, pois esse nome não é simplesmente um nome próprio, como tantos outros, mas é um nome de autor que designa uma produção, ou seja, sua obra, através da qual esse sujeito assume uma singularidade na trama discursiva cultural e literária brasileira. Em seu projeto, Lobato, na função autor, rompe com a tradição para crianças e jovens no país e inaugura um movimento narrativo e linguístico, até então inédito, sem o moralismo e submissão exigidos pelas práticas escolares da época.